Uma juíza federal dos Estados Unidos, Paula Xinis, anunciou nesta segunda-feira (25) que ordenará às autoridades que mantenham Kilmar Abrego Garcia no país enquanto analisa sua nova contestação legal contra a deportação para Uganda. Durante uma audiência, Xinis expressou preocupações sobre a possível violação dos direitos de Abrego Garcia ao ser deportado, especialmente após ele relatar temores de perseguição e tortura em Uganda.
Abrego Garcia, um residente de Maryland que foi deportado ilegalmente para El Salvador no início deste ano, foi detido pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE) em Baltimore. Seus advogados argumentam que a deportação para Uganda seria uma retaliação por sua contestação anterior à remoção e por sua decisão de enfrentar um processo federal por tráfico humano no Tennessee. A juíza Xinis também indicou que o governo estaria proibido de remover Abrego Garcia do território dos EUA até que mais argumentos legais sejam apresentados.
A decisão da juíza pode ter desdobramentos significativos para o futuro de Abrego Garcia, que já enfrentou uma deportação ilegal e agora luta para evitar uma nova remoção. A audiência está programada para receber mais testemunhos e argumentos nas próximas semanas, enquanto ativistas de imigração continuam a pressionar por seus direitos e segurança. O caso destaca as complexidades das políticas de imigração sob a administração Trump e as preocupações com os direitos humanos dos imigrantes.