O juiz Paulo Fernando Deroma De Mello, da 1.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de São Paulo, determinou a prisão preventiva do auditor Artur Gomes da Silva Neto, suspeito de receber R$ 1 bilhão em propina de empresas como Fast Shop e Ultrafarma. A decisão foi baseada em uma carta escrita à mão apreendida na casa do fiscal, que o juiz considera uma confissão sobre o esquema criminoso. A carta menciona pedidos para novas liberações de impostos e expressa preocupações sobre a descoberta de documentos relacionados ao esquema.
Artur Gomes da Silva Neto é acusado de manipular processos administrativos e adiantar créditos de ICMS-ST desde 2021, beneficiando empresas como Ultrafarma e Fast Shop. A investigação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) revelou um aumento patrimonial significativo da empresa Smart Tax, em nome da mãe do fiscal, que passou de R$ 411 mil para R$ 2 bilhões entre 2023 e 2025. Além disso, diretores das empresas envolvidas foram detidos e o governador Tarcísio de Freitas revogou um decreto que poderia ter facilitado o esquema.
As implicações deste caso são profundas, pois levantam questões sobre a corrupção dentro do sistema fiscal paulista e a necessidade de maior rigor nas operações administrativas. O MPSP investiga se as empresas envolvidas tinham conhecimento da irregularidade nos créditos adquiridos. A situação destaca a importância da transparência e da responsabilidade no setor público, especialmente em tempos em que a confiança nas instituições é crucial para a governança.