O cenário do mercado brasileiro continua positivo, segundo as estrategistas do JPMorgan, Emy Shayo e Cinthya Mizuguchi. Apesar da recente queda nas ações, impulsionada por tarifas comerciais, desempenho da China e resultados corporativos, as expectativas de cortes na taxa de juros e as eleições presidenciais de 2026 mantêm a perspectiva de valorização. As especialistas consideram que a recente performance abaixo do esperado foi exagerada e recomendam aproveitar as quedas para investimentos.
As estrategistas destacam que, embora agosto seja tradicionalmente um mês de baixa liquidez e volatilidade, a história fundamental do Brasil permanece intacta. Elas acreditam que a flexibilização dos juros e a recuperação dos mercados emergentes devem trazer otimismo de volta ao cenário. Além disso, questionam o impacto de possíveis novas tarifas e a aplicação da lei Magnitsky sobre os bancos locais e os preços dos ativos.
Pesquisas recentes indicam que a aprovação do presidente Lula aumentou após uma queda significativa no primeiro semestre, mas o impacto das tarifas sobre os eleitores pode estar diminuindo. O JPMorgan também observa que, enquanto o mercado latino-americano teve ganhos no primeiro semestre, o segundo semestre apresenta desafios, com a China ganhando força e atraindo fluxos de capital para os mercados emergentes. A expectativa é de um crescimento modesto nos lucros das empresas latino-americanas, impulsionado por commodities, mas com desaceleração na receita devido às altas taxas de juros e à guerra comercial.