Cayo Lucas, de 21 anos, foi preso na manhã de 25 de agosto em Olinda, Pernambuco, sob suspeita de ameaçar de morte o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, Lucas confessou ter comprado senhas de acesso a sistemas sigilosos no Telegram, permitindo que ele estivesse logado em um computador com acesso ao sistema da polícia. No momento da prisão, ele estava acompanhado de Paulo Vinícius, e ambos foram autuados por invasão de dispositivo informático.
O delegado Eronides Meneses informou que os suspeitos conseguiam invadir sistemas das polícias brasileiras e do Poder Judiciário, utilizando essas informações para lavagem de dinheiro e outras atividades criminosas. Além das ameaças a Felca, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, destacou que Lucas também estava envolvido na venda de pornografia infantil. O caso levanta questões sobre a segurança digital e a proteção de crianças nas redes sociais, especialmente após as denúncias feitas pelo youtuber sobre a adultização de menores.
A situação se agrava com a recente aprovação do projeto de lei “ECA Digital” na Câmara dos Deputados, que busca regulamentar as redes sociais em resposta à crescente preocupação com a exploração infantil online. Felca, que possui milhões de seguidores nas redes sociais, trouxe à tona um debate urgente sobre a exposição de crianças e adolescentes na internet. As repercussões desse caso podem influenciar futuras legislações e ações policiais no combate a crimes cibernéticos.