O jornalista Jeldean Alves Silveira, de 35 anos, entrou com uma ação trabalhista contra a Câmara Municipal de São Paulo e a Fundação Padre Anchieta, alegando demissão discriminatória após ser desligado da TV Câmara em maio deste ano. Alves solicita quase R$ 2 milhões em indenização, após reclamações da vereadora Janaína Paschoal sobre conteúdos sensuais postados em suas redes sociais. O Ministério Público de São Paulo também abriu um inquérito civil para investigar o caso.
Alves, que atuou por 12 anos na Fundação Padre Anchieta, ocupava o cargo de editor-chefe da Rede Câmara. Ele foi demitido após uma solicitação assinada pelo presidente da Câmara, Ricardo Teixeira, em resposta à queixa de Janaína Paschoal, que argumentou que a conduta do jornalista era incompatível com sua função em uma TV pública. Em sua defesa, Alves afirma que suas postagens visam promover a diversidade e a autoaceitação, e que não há nudez explícita em seu conteúdo.
A situação gerou um debate sobre liberdade de expressão e os limites da vida pessoal de funcionários públicos. A vereadora Janaína Paschoal declarou que não pediu diretamente a demissão de Alves, mas alertou sobre comportamentos impróprios nas redes sociais. O desdobramento do caso poderá impactar as políticas de conduta na TV Câmara e a relação entre liberdade pessoal e responsabilidades profissionais.