As eleições presidenciais no Chile estão agendadas para 16 de novembro, quando oito candidatos vão disputar a cadeira ocupada por Gabriel Boric no Palácio de La Moneda. A inscrição terminou nesta segunda-feira (18) e os partidos terão um mês para se preparar para a campanha eleitoral, que começa dia 17 de setembro e vai até 13 de novembro. Figurando entre os favoritos ao pleito nas pesquisas de intenção de voto, Jeanette Jara, do Partido Comunista, tentará ser a primeira representante da sigla a se eleger para o Executivo chileno.
Jara venceu as prévias da coalizão do governo com 60% dos votos e terá a missão de reunir os apoiadores de Boric para tentar vencer mais uma vez. O atual presidente, conforme a legislação do Chile, não pode concorrer a um segundo mandato consecutivo. Jara é advogada e tem 51 anos, tendo ganho projeção após sua atuação como ministra do Trabalho, onde liderou a redução da jornada semanal e conduziu negociações por uma reforma da Previdência.
A campanha também vai lembrar da aprovação dos Royalties de Mineração, um imposto criado em 2025 sobre as atividades de grandes empresas mineradoras. O principal adversário de Jara será José Antonio Kast, representante da extrema direita pelo Partido Republicano, que aparece em segundo nas intenções de voto. Com uma direita pulverizada e outros candidatos independentes na disputa, o cenário eleitoral se mostra dinâmico e competitivo.