O ex-presidente Jair Bolsonaro foi colocado em prisão domiciliar a partir desta segunda-feira (4), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi tomada em resposta a indícios de que Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), estavam articulando uma ofensiva internacional para minar o processo judicial em que o ex-presidente é réu por tentativa de golpe de Estado.
As investigações iniciaram-se após declarações de Eduardo Bolsonaro, que buscava apoio do governo dos Estados Unidos para pressionar o STF e outras instituições brasileiras. A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a abertura de inquérito, que revelou a transferência de US$ 2 milhões de Jair Bolsonaro para seu filho, evidenciando a participação ativa do ex-presidente nas articulações.
Moraes destacou que Bolsonaro utilizou contas de aliados para disseminar mensagens de ataque ao STF, desrespeitando as medidas cautelares que já estavam em vigor desde julho. A decisão de agravar as restrições, incluindo a prisão domiciliar, foi motivada pela reiteração de condutas que configuram obstrução de Justiça e atentado à soberania nacional. Além da prisão, Bolsonaro está proibido de receber visitas, exceto de familiares e advogados.