Uma operação conjunta realizada entre os dias 29 e 31 de julho realocou jacarés que habitavam a área urbana de Maracajaú, no município de Maxaranguape, para ambientes naturais. A presença dos répteis na localidade começou em abril, quando um lago temporário formado pelas chuvas atraiu mais de 60 jacarés, que passaram a circular pelas ruas e invadir residências.
A ação foi coordenada pela APC Cabo de São Roque, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), a Associação Serpentes do Bem, a Polícia Ambiental e a Prefeitura de Maxaranguape. No primeiro dia da operação, a equipe contabilizou 16 jacarés-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) na lagoa principal, e cinco deles foram capturados, avaliados e realocados para áreas mais adequadas à sua sobrevivência.
A bióloga Isadora Barreto, da APC Cabo de São Roque, destacou que a movimentação dos jacarés é um comportamento natural relacionado à busca por alimento e reprodução. Ela alertou que a presença dos animais em áreas urbanas pode representar riscos tanto para a população quanto para a fauna local. A bióloga reforçou a importância de notificar a polícia ambiental ao avistar um jacaré, para garantir a segurança da comunidade e a conservação da espécie.
A realocação dos jacarés é parte de um trabalho contínuo de monitoramento, que visa assegurar que todos os animais sejam transferidos para locais adequados, longe dos centros urbanos, promovendo o equilíbrio do ecossistema local.