Na quinta-feira (21), Izak Rankine, atacante do Adelaide Crows, foi suspenso por quatro jogos após proferir um insulto homofóbico a um adversário durante uma partida no último sábado (16). Essa punição faz de Rankine o sexto atleta da Liga Australiana de Futebol (AFL) a ser penalizado por ofensas homofóbicas em um período de pouco mais de cinco meses, levantando questões sobre a cultura de exclusão no esporte.
A reincidência de episódios homofóbicos na AFL compromete os esforços da liga em criar um ambiente inclusivo, especialmente considerando que, em mais de 100 anos de história, nenhum jogador da elite masculina se declarou publicamente gay ou bissexual. O cientista comportamental Erik Denison, da Universidade Monash, enfatiza que esse tipo de linguagem perpetua uma cultura homofóbica que pode desencorajar jovens atletas a se sentirem seguros em relatar suas experiências.
A suspensão de Rankine gerou intensos debates sobre a proporcionalidade das punições, com ex-jogadores e comentaristas questionando se a pena é adequada em comparação a outras infrações. Apesar das sanções, o uso de linguagem homofóbica ainda é comum nas camadas mais baixas do esporte, evidenciando a necessidade urgente de mudanças estruturais na AFL para garantir um ambiente mais acolhedor e seguro para todos os atletas.