Iván Mordisco, o líder guerrilheiro mais procurado da Colômbia e chefe do grupo dissidente EMC, afirmou que não pretende se render, mesmo após a prisão de seu irmão Mono Luis nos arredores de Bogotá. Mordisco, que está foragido na Amazônia, criticou o presidente Gustavo Petro e comparou sua situação à de sua irmã desaparecida durante o governo de Álvaro Uribe. Ele declarou: “Não acredito na Justiça colombiana, mas confio na justiça revolucionária”.
O grupo EMC, que se separou do acordo de paz assinado em 2016 entre o governo colombiano e as Farc, tem sido responsável por uma série de ataques violentos. Recentemente, uma das frentes do EMC foi apontada como responsável por um atentado com caminhão-bomba em Cali, que deixou seis civis mortos e mais de 60 feridos. A prisão de Mono Luis, que atuava nas finanças e logística do grupo, intensificou a pressão sobre as forças armadas colombianas.
As declarações de Mordisco e os recentes eventos indicam uma escalada da violência na Colômbia, refletindo a fragilidade da paz no país. A situação levanta preocupações sobre a segurança pública e a eficácia das políticas do governo de Petro frente aos grupos dissidentes. O futuro das negociações de paz parece incerto, enquanto o EMC continua a desafiar a autoridade estatal com suas ações.