O Itaú Unibanco (ITUB4) divulgou na última terça-feira (5) seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, reportando um lucro líquido recorrente de R$ 11,5 bilhões, um aumento de 14,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho superou as estimativas de analistas, que projetavam um lucro de R$ 11,3 bilhões, refletindo melhorias na rentabilidade e na margem financeira com clientes.
O crescimento do lucro foi impulsionado por um aumento de 3,1% na receita líquida de juros (NII) com clientes, além de um controle eficaz de custos e um crescimento nas receitas de tarifas. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) consolidado alcançou 23,3%, um aumento de 80 pontos base em comparação ao trimestre anterior. A inadimplência acima de 90 dias permaneceu estável em 1,9%, enquanto o custo do crédito se manteve em 2,6% da carteira de empréstimos.
O banco revisou suas projeções para 2025, agora esperando um crescimento de 11% a 14% no NII com clientes. Apesar de uma elevação na alíquota efetiva de impostos, que deve impactar parcialmente o lucro, analistas do JPMorgan e Bradesco BBI destacam a solidez dos resultados e a expansão da margem de juros líquida. O Índice CET1 subiu para 13,1%, reforçando a solidez financeira da instituição.
Embora o Itaú tenha enfrentado um aumento na formação de créditos em atraso, que subiu de R$ 1,7 bilhão para R$ 9,4 bilhões, os analistas continuam otimistas em relação ao desempenho das ações, que já avançaram 35% no ano. O banco se mantém como um líder no setor, com uma abordagem conservadora e uma expectativa de crescimento estável na carteira de crédito.