O Itaú Unibanco anunciou um retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) de 23,3% no segundo trimestre de 2025, o maior desde o quarto trimestre de 2015. Apesar desse resultado expressivo, analistas do UBS BB decidiram manter a recomendação neutra para as ações ITUB4, uma vez que acreditam que o mercado já incorporou grande parte dos resultados positivos, limitando o potencial de ganhos adicionais no curto e médio prazo em comparação a outros bancos da região.
Os analistas destacam que a rentabilidade do banco foi impulsionada por um aumento na alavancagem e uma redução na relação custo/receita, refletindo melhorias na eficiência operacional. No entanto, o cenário competitivo, especialmente com a presença de fintechs como o Nubank e instituições como BTG Pactual e XP, pressiona as receitas de tarifas e seguros, que atingiram o menor nível em uma década. O UBS BB revisou suas projeções de lucro para R$ 47 bilhões em 2025 e R$ 52 bilhões em 2026, com um payout mantido em 65%, resultando em um dividend yield estimado de 8% para 2026.
As expectativas para o setor permanecem desafiadoras, com a rentabilidade do varejo do Itaú apresentando um ROAE de 28%, mas ainda inferior à média histórica. A alavancagem do banco chegou a 10 vezes, superando a média de 8,2 vezes, enquanto a relação custo/receita se manteve abaixo das médias históricas. A análise sugere que, apesar do desempenho positivo, o Itaú enfrenta um ambiente competitivo que pode limitar seu crescimento futuro e impactar suas decisões estratégicas.