O Itaú BBA estima que as ações argentinas podem valorizar entre 15% e 55% até o final de 2023, impulsionadas pela recente correção de 25% a 40% nos recibos de ações negociados nos Estados Unidos. A análise do banco destaca que essa valorização melhora a relação entre risco e retorno, desde que as políticas fiscais do governo argentino permaneçam estáveis. As principais recomendações incluem empresas como Grupo Financiero Galicia, Banco Macro, Vista Energy, YPF, Loma Negra e a Bolsa y Mercados Argentinos (Byma), que estão bem posicionadas para se beneficiar da recuperação econômica do país.
As eleições legislativas na província de Buenos Aires, marcadas para 7 de setembro, e em todo o país, para 26 de outubro, são vistas como um termômetro crucial para o apoio popular às medidas fiscais do governo. Um resultado favorável ao atual governo pode facilitar a redução dos prêmios exigidos pelos investidores em títulos públicos, permitindo ao Tesouro Nacional argentino reabrir o acesso aos mercados de crédito.
Os analistas do Itaú BBA ressaltam que as ações argentinas ainda estão subrepresentadas nas carteiras de investidores e são negociadas abaixo dos níveis históricos. As expectativas de crescimento no crédito e melhorias nos retornos sobre o patrimônio podem contribuir para a valorização dos múltiplos dessas ações. Além disso, a possibilidade de a Argentina recuperar o status de mercado emergente no índice MSCI em 2026 pode atrair investimentos significativos, estimados entre US$ 1,1 bilhão e US$ 2,3 bilhões, reforçando a necessidade de reformas estruturais para sustentar o crescimento econômico a longo prazo.