O Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou forte reprovação às declarações do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, que chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de antissemita e o associou ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei. Em uma nota publicada em uma rede social, o Itamaraty classificou as afirmações como “ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis”. Além disso, o ministério exigiu que Katz assumisse responsabilidade e investigasse a morte de jornalistas e civis em um ataque recente em Gaza.
O ataque ao hospital Nasser em Gaza resultou na morte de pelo menos 20 palestinos, incluindo jornalistas e trabalhadores humanitários. O Itamaraty destacou que Israel está sob investigação da Corte Internacional de Justiça por possíveis violações da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio. A nota enfatizou que, como ministro da Defesa, Katz deve garantir que seu país previna e impeça práticas genocidas contra os palestinos.
As declarações do Itamaraty refletem um aumento nas tensões diplomáticas entre Brasil e Israel, especialmente em um contexto onde a comunidade internacional observa com preocupação as operações militares israelenses em Gaza. A resposta brasileira pode impactar as relações bilaterais e a postura do Brasil em fóruns internacionais sobre direitos humanos e conflitos no Oriente Médio.