O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou, nesta segunda-feira (25), que rebaixará o nível das relações diplomáticas com o Brasil. A decisão ocorre após o Itamaraty não ter dado resposta à indicação do novo embaixador israelense, Gali Dagan, nomeado em janeiro. Para que Dagan possa assumir, é necessário que o Brasil conceda um agrément, uma autorização formal que ficou sem resposta, sendo interpretada como uma rejeição no contexto diplomático.
Diante da ausência de resposta do Brasil, Israel retirou a indicação de Dagan e informou que não apresentará outro nome ao Itamaraty. As relações entre os dois países passarão a ser conduzidas em um nível diplomático inferior, conforme comunicado do ministério israelense. A situação foi divulgada pelo jornal “The Times of Israel” e gerou reações no Brasil.
Celso Amorim, assessor da Presidência e ex-ministro das Relações Exteriores, comentou que a postura brasileira pode ser uma retaliação ao tratamento recebido pelo representante brasileiro em Tel Aviv, que teria enfrentado uma “humilhação pública” em 2024. O Itamaraty optou por não se manifestar sobre o caso, deixando em aberto as implicações dessa mudança nas relações bilaterais.