O ministro da Defesa de Israel disparou críticas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamando-o de antissemita e associando-o ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei. A declaração foi feita em um contexto de crescente tensão diplomática, após o Brasil não responder a um pedido de agrément para o novo embaixador israelense, Gali Dagan. Essa falta de resposta é interpretada como uma recusa, levando Israel a retirar a indicação e rebaixar suas relações com o Brasil.
As relações entre Brasil e Israel se tornaram tensas desde que Lula criticou a ofensiva israelense em Gaza, comparando as ações do país às práticas nazistas. O governo israelense reagiu declarando Lula como persona non grata, uma medida que reflete a deterioração das relações diplomáticas entre os dois países. O assessor da Presidência, Celso Amorim, afirmou que a ausência do agrément é uma resposta ao tratamento recebido pelo ex-embaixador brasileiro em Tel Aviv, que teria sido alvo de humilhação pública.
As implicações desse conflito diplomático são significativas, pois podem afetar a cooperação bilateral em diversas áreas, incluindo comércio e segurança. A postura do governo brasileiro, que se opõe à ofensiva israelense, pode resultar em um isolamento diplomático para Israel na América Latina. A situação continua a evoluir, com o Brasil mantendo sua posição crítica em relação às ações israelenses e buscando preservar laços com outros países da região.