Israel anunciou nesta terça-feira (5 de agosto de 2025) a permissão para a entrada gradual e controlada de mercadorias em Gaza, através de comerciantes locais. A informação foi divulgada pela Cogat, agência militar israelense responsável pela coordenação da ajuda humanitária, que afirmou ter aprovado um novo mecanismo para expandir o escopo da assistência ao território palestino.
Os produtos que poderão ser enviados incluem alimentos básicos, papinhas para bebês, frutas, verduras e itens de higiene. O objetivo, segundo a Cogat, é aumentar o volume de ajuda humanitária que chega à Faixa de Gaza, reduzindo a dependência de doações da ONU e de organizações internacionais. No entanto, detalhes sobre a operacionalização dessa ajuda ainda não foram esclarecidos.
Autoridades palestinas e da ONU alertam que Gaza necessita de cerca de 600 caminhões de ajuda diariamente para atender às necessidades da população, um número que Israel permitia antes do início do conflito. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também reportou um aumento significativo da desnutrição na região, com seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacando a impossibilidade de entrega de alimentos durante quase 80 dias entre março e maio de 2025.
A situação em Gaza se agravou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 israelenses e deu início a um conflito que já deixou mais de 60.000 palestinos mortos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que discutirá com seu gabinete de segurança estratégias para controlar a situação na Faixa de Gaza, reafirmando a necessidade de garantir que o território não represente mais uma ameaça a Israel.