O açaí, um dos principais produtos do Pará, enfrenta um impacto significativo após a exclusão de isenções tarifárias pelos Estados Unidos. Um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) aponta que a estimativa de queda no volume exportado para o país pode chegar a 20,1%, com 8% desse total referente apenas ao açaí. No primeiro semestre de 2023, as exportações do Pará para os EUA somaram aproximadamente US$ 43,6 milhões, representando um crescimento de 59,34% em relação ao ano anterior.
Os sucos não fermentados e sem adição de açúcar lideram as exportações de açaí, totalizando mais de US$ 32 milhões, o que equivale a 55,48% do total exportado. A medida tarifária pode afetar diretamente cerca de cinco mil empregos diretos e 15 mil indiretos na indústria local, comprometendo a sustentabilidade econômica de muitas famílias que dependem da colheita do fruto.
Além dos impactos econômicos para o Pará, a elevação das tarifas pode resultar em aumento de preços para o consumidor americano, que já valoriza o açaí por suas propriedades nutricionais. A FIEPA, liderada por Alex Carvalho, busca alternativas diplomáticas junto aos governos estadual e federal para mitigar os efeitos da taxação e proteger a cadeia produtiva do açaí, que é vital para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.