O Ministério Público da Argentina investiga Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei, por suspeitas de envolvimento em um esquema de corrupção. Segundo informações, ela seria a principal beneficiária de desvios de dinheiro relacionados a contratos da Agência Nacional para Pessoas com Deficiência com uma farmacêutica, onde o ex-diretor Diego Spagnuolo mencionou pagamentos de propina à irmã do presidente. Os valores desviados podem chegar a 8% de cada contrato, totalizando entre 500 e 800 mil dólares mensais, com Karina recebendo cerca de 3% desse montante.
As investigações se intensificaram após a apreensão de celulares e documentos relacionados ao caso, incluindo a detenção de um dos sócios da farmacêutica Suizo Argentina, que tentava fugir com 266 mil dólares. A farmacêutica afirma estar colaborando com as autoridades e que atuou dentro da legalidade. Este não é o primeiro escândalo envolvendo a família Milei; em fevereiro, Javier Milei foi acusado de fraude financeira relacionada a uma criptomoeda.
A situação gera preocupações sobre a estabilidade do governo Milei, que já enfrenta críticas da oposição kirchnerista. Durante uma aparição pública recente, o presidente não comentou as acusações, mas defendeu sua irmã e atacou os opositores, sugerindo que estão incomodados com seu governo. As próximas semanas serão cruciais, já que as eleições legislativas se aproximam e a pressão sobre a administração Milei aumenta.