O Brasil se destaca como o segundo maior produtor de terras raras do mundo, atrás apenas da China, o que poderia ser uma vantagem estratégica nas negociações internacionais. No entanto, especialistas alertam que investir nesse setor não é para quem busca retornos rápidos, especialmente devido aos riscos geológicos e à complexidade dos trâmites ambientais. A demanda global por esses minerais deve crescer significativamente, mas a incerteza sobre o subsolo brasileiro e os desafios regulatórios tornam o cenário desafiador.
Atualmente, existem 30 projetos de terras raras em desenvolvimento no Brasil, distribuídos por estados como Amazonas, Bahia e Goiás, mas apenas um está em operação comercial. O projeto da Serra Verde, em Minaçu (GO), inaugurado em 2024 após 14 anos de preparação, exemplifica os longos prazos e altos investimentos necessários para a viabilização de tais empreendimentos. Além disso, a falta de um marco legal claro e a instabilidade do mercado dificultam ainda mais o avanço do setor.
Para investidores interessados, é possível acessar o mercado de terras raras por meio de empresas estrangeiras, especialmente australianas, que atuam localmente. Especialistas recomendam que os investidores busquem sinais concretos de progresso nos projetos antes de se comprometerem financeiramente. A análise cuidadosa do histórico dos executivos envolvidos e das condições de licenciamento é essencial para mitigar riscos nesse setor promissor, mas complexo.