O Brasil, segundo maior produtor de terras raras do mundo, enfrenta um cenário desafiador para atrair investimentos nesse setor vital. Especialistas destacam que a demanda global por esses minerais deve crescer significativamente, mas o investimento em terras raras é considerado arriscado e não é indicado para quem busca retornos rápidos. No Brasil, as incertezas são ainda maiores devido à complexidade dos trâmites ambientais e à necessidade de um investimento geológico robusto.
Atualmente, existem 30 projetos de terras raras em desenvolvimento no Brasil, distribuídos por estados como Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Tocantins. Apenas um projeto, o da Serra Verde em Minaçu (GO), está em operação comercial, após 14 anos de preparação e um investimento de US$ 150 milhões. A falta de um marco legal claro e a instabilidade do mercado também são apontadas como barreiras para o crescimento do setor.
As implicações desse cenário são significativas, pois a crescente demanda global por terras raras pode representar uma oportunidade para o Brasil, caso consiga superar os desafios regulatórios e tecnológicos. Investidores devem estar cientes dos riscos e buscar informações concretas sobre os projetos antes de se comprometerem financeiramente. O futuro do setor no Brasil dependerá da capacidade do país de se posicionar estrategicamente nesse mercado em expansão.