O Brasil se destaca como o segundo maior produtor de terras raras do mundo, atrás apenas da China, o que lhe confere uma posição estratégica no mercado global. Com a demanda projetada para saltar de 91 mil para 150 mil toneladas até 2024, especialistas questionam se vale a pena para investidores individuais se expor a esse setor, dado o elevado risco e a complexidade do ambiente regulatório brasileiro. O investimento em terras raras não é recomendado para quem busca retornos rápidos, pois o processo de exploração é longo e incerto.
Atualmente, existem 30 projetos de terras raras em desenvolvimento no Brasil, distribuídos por estados como Amazonas, Bahia e Goiás, mas apenas um está em operação comercial. O projeto da Serra Verde, em Minaçu (GO), inaugurado em 2024 após 14 anos de preparação, exemplifica os desafios enfrentados pelas empresas do setor. A falta de um marco legal claro e a complexidade dos trâmites ambientais dificultam ainda mais a exploração desses recursos no país.
As implicações desse cenário são significativas para o futuro do setor mineral brasileiro. A necessidade de um marco legal mais eficiente e a melhoria nos processos de licenciamento são cruciais para atrair investimentos. Além disso, a exploração das reservas de terras raras pode ser uma oportunidade valiosa para o Brasil, mas requer um planejamento cuidadoso e um compromisso com a sustentabilidade e a inovação tecnológica.