Angela Davis, presidente da Campbell Global, propõe uma nova forma de investimento que une lucro e sustentabilidade. Com sede em Portland, Oregon, a executiva administra um portfólio de US$ 10 bilhões, equivalente a R$ 55 bilhões, focado na aquisição de florestas. Até o momento, a empresa adquiriu 570 mil hectares, principalmente nos Estados Unidos, mas também na Austrália e Nova Zelândia.
Davis explica que investidores em florestas buscam rendimento, proteção contra a inflação, estabilidade de portfólio e benefícios ambientais, ao invés de altos riscos e retornos. O rendimento esperado é de 4,4% do volume total de madeira, com a possibilidade de um retorno nominal de 7% ao considerar a inflação. As árvores, como o abeto de Douglas, são colhidas após 45 anos, e a gestão cuidadosa da terra é essencial para maximizar os lucros e minimizar os riscos.
A equipe de 75 engenheiros florestais da Campbell Global monitora pragas e gerencia o corte de árvores comprometidas, além de criar aceiros para prevenir incêndios. Apesar dos altos custos de cultivo e colheita, o reflorestamento, quando bem executado, pode oferecer um rendimento superior à regeneração natural. Davis destaca que o investimento em florestas não é apenas uma estratégia financeira, mas também uma contribuição significativa para a redução de carbono na atmosfera, com sua propriedade absorvendo dois megatons de CO2 no último ano.