A investigação sobre o assassinato do casal de empresários José Eduardo Ometto Pavan, de 69 anos, e Rosana Ferrari, de 61, ganhou novos contornos com a revelação de documentos encontrados em um contêiner. Os corpos das vítimas foram localizados em uma caminhonete em uma chácara em São Pedro, São Paulo, e a Polícia Civil aponta que o crime foi encomendado por dois advogados que buscavam se apropriar do patrimônio das vítimas. Sete pessoas foram presas e denunciadas pelo duplo homicídio, que teria sido motivado por uma recompensa milionária prometida aos executores do crime.
A decisão judicial que trouxe à tona essas informações foi proferida pelo desembargador Jayme Walmer de Freitas, do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele destacou a necessidade da prisão dos advogados Hércules Barroso e Fernanda Teixeira, apontados como mandantes, para evitar a destruição de provas essenciais à investigação. Além disso, a alteração da cena do crime e a falsificação de documentos para enganar as vítimas foram mencionadas como parte do esquema criminoso que resultou em perdas patrimoniais estimadas em até R$ 20 milhões.
As investigações, conduzidas pela 3ª Delegacia de Homicídios da Deic de Piracicaba, revelaram que os advogados tinham acesso aos bens das vítimas através de uma holding e que o plano para apropriação dos bens foi cuidadosamente arquitetado. Com as prisões mantidas, o caso levanta questões sobre a segurança jurídica e a proteção dos direitos patrimoniais no Brasil, além de evidenciar a gravidade da corrupção no sistema legal.