A investigação sobre a colisão entre um helicóptero militar e um avião comercial, que resultou na morte de 67 pessoas em 29 de janeiro, revelou discrepâncias significativas nos instrumentos de altitude do helicóptero Sikorsky Black Hawk. As informações foram apresentadas durante audiências do Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) realizadas entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro, próximo ao Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington.
O acidente envolveu um voo de treinamento do helicóptero e um avião Bombardier CRJ700 operado por uma subsidiária da American Airlines. A presidente do NTSB, Jennifer Homendy, informou que, momentos antes da colisão, o piloto do helicóptero reportou uma altitude de 91 metros, enquanto o instrutor indicou 121 metros. No momento do impacto, os dados mostraram que o helicóptero estava a apenas 84 metros do solo.
A investigadora Marie Moler destacou que, em testes realizados com outros helicópteros do mesmo modelo, foram encontradas diferenças de até 40 metros entre os altímetros de radar e os barométricos, especialmente com os rotores em funcionamento. Ela ressaltou que, em condições de tráfego aéreo intenso, essas discrepâncias podem levar a situações perigosas, uma vez que a tripulação poderia ter visualizado uma altitude muito diferente da real. A investigação continua em andamento para determinar a causa exata das falhas nos instrumentos.