Uma investigação da Receita Federal revelou que 19 postos de combustíveis em Goiás e São Paulo estão supostamente ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O órgão investiga a utilização de cerca de mil estabelecimentos para lavagem de dinheiro da facção criminosa, com alguns postos já mencionados em decisões judiciais relacionadas à Operação Carbono Oculto, a maior ação contra o PCC até o momento.
Os postos citados na investigação pertencem a indivíduos com ligações diretas com a organização criminosa, incluindo Armando Hussein Ali Mourad, descrito como fundamental para a expansão do grupo. Apesar das graves acusações, pelo menos quatro dos postos continuam operando, levantando questionamentos sobre a eficácia das medidas tomadas pelas autoridades e a possibilidade de que o crime organizado persista em infiltrar-se em setores legítimos da economia.
A continuidade das atividades desses postos, mesmo sob investigação, destaca a complexidade do combate ao crime organizado no Brasil. A Receita Federal não comentou sobre a operação em andamento, e as defesas dos envolvidos não se manifestaram até o fechamento desta matéria, o que pode indicar uma resistência ou falta de transparência nas ações contra a lavagem de dinheiro e a corrupção associada ao PCC.