Gestores financeiros apontam que a superestimação do CDI e a falta de diversificação são erros recorrentes entre investidores brasileiros. Artur Wichmann, CIO da XP Inc., enfatiza que a capacidade de ser resiliente à volatilidade é fundamental para garantir retornos consistentes ao longo do tempo. Ele alerta que confiar excessivamente no CDI pode levar a perdas significativas durante crises, como as de 2015-2016 e a pandemia de Covid-19.
Eduardo Camara Lopes, CIO da Jubarte Capital, complementa que a falta de diversificação geográfica é um erro crítico, pois concentrar-se apenas no mercado local expõe os investidores a ciclos de risco típicos do Brasil. Ambos os gestores defendem que a diversificação internacional é essencial para proteger os portfólios e maximizar oportunidades de valorização. Wichmann recomenda que investidores iniciantes comecem a diversificar gradualmente, respeitando seu perfil de risco.
A discussão ressalta a importância da educação financeira para os investidores brasileiros, que muitas vezes se concentram em ganhos rápidos em vez de construir portfólios sustentáveis. Com o Brasil representando menos de 1% do mercado global de capitais, os gestores alertam que ignorar o restante do mundo pode ser uma estratégia arriscada. A diversificação não deve ser apenas uma troca de moeda, mas sim uma compra de ativos globais variados.