Gestores financeiros alertam que a superestimação do CDI e a falta de diversificação são erros comuns entre investidores brasileiros. Artur Wichmann, CIO da XP Inc., e Eduardo Camara Lopes, CIO da Jubarte Capital, destacam que a resiliência à volatilidade é crucial para obter retornos consistentes ao longo do tempo. Eles apontam que muitos investidores se concentram em ganhos rápidos, o que pode levar a riscos desnecessários e perdas em momentos de crise.
Wichmann ressalta que o CDI, embora atraente, não oferece proteção em períodos de instabilidade econômica, como demonstrado durante a crise de 2015-2016 e a pandemia de Covid-19. Lopes complementa que a falta de diversificação geográfica limita as oportunidades de valorização e expõe os investidores a ciclos de risco típicos do Brasil. Ambos concordam que a mentalidade de curto-prazismo prejudica a construção de um portfólio sustentável.
Os gestores defendem que a internacionalização é uma estratégia essencial para os investidores brasileiros, que atualmente concentram mais de 98% de seus investimentos no Brasil, representando menos de 1% do mercado global. Wichmann recomenda que os investidores comecem a diversificar gradualmente, respeitando seu perfil de risco. A educação financeira é vista como fundamental para ajudar os investidores a entenderem a importância da diversificação e a se adaptarem às novas realidades do mercado global.