Na terça-feira, 19 de agosto, os investidores estão atentos às declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), que ocorrerão durante o encontro anual de Jackson Hole na sexta-feira (22). O foco está na possível sinalização sobre a trajetória dos juros americanos, que atualmente se encontram entre 4,25% e 4,50% ao ano, após uma redução no segundo semestre de 2024. A resiliência da inflação e do mercado de trabalho nos EUA tem dificultado novos cortes, mas indicadores recentes sugerem um arrefecimento econômico que pode levar a mudanças nas expectativas do mercado.
As expectativas dos investidores convergem para um corte de 0,75 ponto percentual nos Fed Funds até o final de 2025, com cortes sucessivos previstos para as reuniões de setembro, outubro e dezembro. No entanto, a última reunião do Federal Open Market Committee (FOMC) não indicou cortes iminentes, embora dois membros tenham defendido uma redução. O modelo CME FedWatch aponta uma probabilidade de 85% para um corte em setembro, mas isso depende das declarações de Powell na sexta-feira.
O mercado aguarda ansiosamente o discurso de Powell para ajustar suas expectativas e os preços dos ativos. Desde 1º de julho, há uma tendência que sugere que cortes podem ocorrer já em setembro, mas a continuidade da análise dependerá dos dados de inflação e emprego que guiarão as próximas decisões do FED. Um discurso que mantenha as taxas pode provocar quedas significativas nas ações.