A Interpol incluiu na difusão vermelha os nomes de oito foragidos da megaoperação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), deflagrada na quinta-feira, 28 de agosto, em São Paulo. A Operação Carbono Oculto, considerada a maior do Brasil contra a infiltração do crime organizado na economia formal, foca no setor de combustíveis e instituições financeiras da Avenida Faria Lima.
A difusão vermelha é um banco de dados que contém informações sobre fugitivos procurados internacionalmente, mas não equivale a um mandado de prisão. Os nomes dos foragidos foram encaminhados à Interpol pela Polícia Federal do Brasil e incluem figuras proeminentes como Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”. Investigações indicam que informações sobre a operação podem ter sido vazadas, permitindo que os alvos abandonassem suas residências antes da chegada da polícia.
Com a participação de 1,4 mil agentes, a operação cumpriu 200 mandados de busca e apreensão contra 350 alvos. Estima-se que a organização criminosa tenha movimentado R$ 52 bilhões, utilizando 40 fundos de investimentos para blindar seus recursos. A Justiça paulista já decretou a indisponibilidade de quatro usinas de álcool e cinco administradoras de fundos, além de investigar uma ampla rede de distribuição de combustíveis em todo o país.