A Interpol adicionou à sua lista vermelha oito suspeitos envolvidos em uma megaoperação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), realizada na última semana no Brasil. Com essa inclusão, os indivíduos passam a ser considerados foragidos internacionais, podendo ser localizados pelas autoridades dos 196 países que integram a organização. Entre os nomes destacados estão Mohamed Hussein Mourad, Roberto Augusto Leme da Silva e Daniel Dias Lopes, todos com papéis centrais nas fraudes investigadas.
As operações, deflagradas na quinta-feira, 28, focaram na lavagem de dinheiro por meio do setor de combustíveis e resultaram no cumprimento de mais de 400 mandados judiciais, incluindo 14 prisões e centenas de buscas e apreensões em pelo menos oito estados brasileiros. As medidas levaram ao bloqueio e sequestro de mais de R$ 3,2 bilhões em bens e valores, revelando a magnitude das atividades ilícitas que movimentaram cerca de R$ 140 bilhões. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, classificou as ações como as maiores da história contra o crime organizado no país.
As operações são fruto de uma colaboração entre diferentes órgãos governamentais e ressaltam a urgência da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, atualmente em tramitação no Congresso Nacional. Autoridades como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o diretor geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, enfatizaram que os criminosos utilizam recursos ilícitos para lavar dinheiro na economia real e no mercado financeiro, o que demanda uma resposta legislativa robusta para enfrentar o crime organizado.