A guerra entre Rússia e Ucrânia continua a ser um tema central nas discussões geopolíticas, com Donald Trump manifestando interesse em seu término, enquanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, resiste a condições que comprometeriam a integridade territorial da Ucrânia. Para Zelensky, aceitar os termos de Putin significaria não apenas perder territórios, mas também arriscar sua permanência no poder. Por outro lado, a Europa se preocupa com a possibilidade de perder a proteção militar dos Estados Unidos, o que poderia forçá-la a arcar sozinha com sua defesa financeira e militar.
A situação é ainda mais complicada pela posição vantajosa de Putin, que estaria disposto a aceitar o fim do conflito apenas se obtiver reconhecimento internacional dos territórios do Donbass e da Crimeia. Enquanto isso, a OTAN continua a ser um fator de segurança para Zelensky, mesmo que a Ucrânia não seja formalmente parte da aliança. Essa dinâmica revela que, na geopolítica, não existem mocinhos ou bandidos, mas sim interesses que moldam as decisões dos líderes mundiais.
O desfecho desse conflito pode ter implicações profundas para o equilíbrio de poder na Europa e na relação transatlântica. A possibilidade de um acordo que não atenda às necessidades de segurança da Ucrânia pode levar a uma nova era de instabilidade na região, enquanto os países europeus se veem diante do desafio de garantir sua própria defesa sem o suporte dos EUA. Assim, o futuro da guerra na Ucrânia permanece incerto, refletindo as complexidades das relações internacionais contemporâneas.