A partir de 2025, estudantes brasileiros que desejam realizar intercâmbio nos Estados Unidos enfrentarão um aumento significativo nos custos, devido à elevação da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para operações de câmbio, que poderá chegar a 3,5%. Essa mudança impactará diretamente as despesas com mensalidades, moradia e outras necessidades no exterior. Segundo Diogo Aguilar, fundador da Fluencypass, uma viagem estudantil no valor de R$ 100 mil pode encarecer em até R$ 3 mil apenas com o novo imposto.
Além do aumento do IOF, as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, que incluem tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, podem afetar indiretamente parcerias acadêmicas, a emissão de vistos e o reconhecimento de diplomas. A partir de outubro, os estudantes também terão que pagar uma nova taxa chamada Integrity Fee, no valor de US$ 250, e os prazos para obtenção de visto estão se tornando mais longos e instáveis.
Aguilar recomenda que os estudantes iniciem o processo de intercâmbio com pelo menos seis meses de antecedência e busquem assessoria especializada para mitigar riscos. Apesar das dificuldades, o intercâmbio ainda é visto como uma oportunidade valiosa para qualificação internacional. Especialistas sugerem planejamento financeiro detalhado e considerar destinos com moedas mais favoráveis, como África do Sul, Malta, Irlanda, Austrália e Canadá, que oferecem boas oportunidades acadêmicas e processos de visto mais simples.
O executivo também aconselha que os estudantes priorizem plataformas que ofereçam suporte jurídico e financeiro sem taxas adicionais, o que pode reduzir o custo total da viagem e aumentar a segurança orçamentária.