A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Brasil recuou 0,3% em agosto em comparação a julho, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgados nesta quinta-feira, 21. Após três meses de alta, a pesquisa revelou que a maioria dos itens analisados apresentou queda, embora o indicador continue acima do nível de otimismo, com 101,6 pontos sem ajuste sazonal.
Entre os componentes da ICF, destacam-se o Nível de Consumo Atual e o Acesso ao Crédito, que apresentaram aumentos de 1,1% e 1,4%, respectivamente. No entanto, a percepção sobre a compra de bens duráveis caiu 6,9%, refletindo os efeitos do aumento da taxa Selic. A renda atual também teve uma queda de 3%, evidenciando os desafios enfrentados pelas famílias em relação ao poder de compra.
As perspectivas para o emprego mostram um cenário misto: 53,2% das famílias têm uma visão positiva sobre o mercado de trabalho, embora a percepção geral tenha piorado com uma queda de 1,3% na análise anual. A CNC alerta que a necessidade de crédito para manter o consumo está aquecendo o comércio imediato, mas a alta da Selic pode afetar a inadimplência e frear o movimento econômico nos próximos meses.