Dados organizados pela inteligência militar israelense revelam que 83% dos palestinos mortos em Gaza desde o início da ofensiva militar, em outubro de 2023, eram civis. A investigação, conduzida pelo The Guardian em colaboração com a +972 Magazine e o Local Call, indica que cerca de 8,9 mil mortos foram identificados como militantes da Jihad Islâmica Palestina ou do Hamas, enquanto o ministério da Saúde de Gaza, sob controle do Hamas, estima que o total de vítimas fatais atinge 53 mil. Essa discrepância acende alarmes sobre a gravidade da situação humanitária e as possíveis violações do direito internacional. Especialistas apontam que o caráter urbano do conflito contribui para o elevado número de civis mortos, além de denúncias de palestinos atingidos enquanto aguardavam ajuda humanitária. O governo israelense defende suas ações como necessárias para a segurança nacional, mas críticos argumentam que a estratégia pode levar ao deslocamento forçado da população palestina e a acusações de genocídio.