Um novo algoritmo de inteligência artificial, desenvolvido para analisar imagens de retinografia, promete revolucionar o diagnóstico do glaucoma, uma doença ocular que pode levar à cegueira irreversível. O oftalmologista Rodrigo Lindenmeyer, coordenador do Setor de Glaucoma do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, ressalta que a tecnologia ainda está em fase de pesquisa, mas possui potencial para tornar o diagnóstico mais acessível e eficaz, especialmente em áreas carentes.
Lindenmeyer explica que o algoritmo demonstrou maior sensibilidade do que os softwares tradicionais utilizados nos aparelhos de diagnóstico. Embora a inteligência artificial ainda não esteja disponível na prática clínica diária, ele acredita que, com o tempo, poderá ajudar a diagnosticar precocemente a doença e levar soluções a regiões com menos recursos, onde métodos mais baratos e precisos são necessários.
Com cerca de 50% das pessoas com glaucoma desconhecendo sua condição, a implementação dessa tecnologia pode reduzir significativamente esse número nos próximos anos. O médico alerta que o glaucoma é um “perigo silencioso”, muitas vezes sem sintomas até estágios avançados, e enfatiza a importância de exames oftalmológicos regulares para detecção precoce e tratamento adequado.