A Intel anunciou nesta segunda-feira que a participação de 10% do governo dos Estados Unidos em sua estrutura acionária pode representar riscos significativos para seus negócios. A empresa expressou preocupações sobre como essa intervenção governamental pode prejudicar suas vendas internacionais e limitar sua capacidade de garantir futuros subsídios. O governo dos EUA decidiu converter subsídios em participação acionária, o que levanta incertezas sobre o apoio a novos investimentos e pode sujeitar a Intel a regulamentações adicionais.
As ações da Intel serão adquiridas com US$ 5,7 bilhões em concessões não pagas da Lei CHIPS e US$ 3,2 bilhões do programa Secure Enclave. A empresa destacou que as vendas fora dos EUA representaram 76% de sua receita no último ano fiscal, com a China contribuindo com 29% desse total. A transação deve ser finalizada em 26 de agosto, mas a participação do governo pode diluir o poder de voto de outros acionistas e limitar a busca por transações que beneficiem os investidores.
As implicações dessa mudança são amplas, pois a presença do governo como acionista pode resultar em novas restrições e regulamentações que afetem as operações internacionais da Intel. Além disso, a empresa poderá enfrentar desafios na obtenção de subsídios futuros, uma vez que outras entidades governamentais podem hesitar em converter seus próprios subsídios em ações. A situação destaca as complexidades das relações entre empresas de tecnologia e o governo dos EUA em um cenário geopolítico cada vez mais tenso.