O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiu suspender preventivamente os contratos com a operadora financeira Crefisa, após a identificação de irregularidades graves, incluindo coação de aposentados e pensionistas. A empresa, que venceu 25 dos 26 lotes disponíveis para o pagamento de novos benefícios no último leilão realizado em 2024, ainda não se manifestou sobre a decisão. A suspensão foi motivada por ‘reiteradas reclamações’ registradas em diferentes canais de ouvidoria, que apontaram dificuldades no recebimento de benefícios, como atrasos e recusas de pagamento, além de práticas inadequadas nas agências bancárias, como filas extensas e falta de informações claras.
Entre as principais irregularidades mencionadas pelo INSS estão a coação para abertura de contas correntes, venda casada de produtos e portabilidades indevidas. A suspensão cautelar se aplica apenas aos novos pagamentos de benefícios, não afetando aqueles que já recebem aposentadorias ou pensões pela Crefisa. O INSS enfatizou que a medida é necessária para cessar as irregularidades e proteger o interesse público até a conclusão dos processos de apuração, reafirmando seu compromisso com a transparência e segurança no atendimento aos segurados.
A decisão do INSS pode ter implicações significativas para a Crefisa, especialmente em um momento em que a empresa estava expandindo sua atuação no setor de pagamentos de benefícios. A suspensão dos contratos pode afetar sua reputação e operações futuras, além de levantar questões sobre a proteção dos direitos dos beneficiários em situações de vulnerabilidade social. O órgão reiterou que não compactua com práticas prejudiciais aos segurados, destacando a importância da ética nas relações financeiras.