O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) prevê uma economia de R$ 2,5 bilhões em 2026 com a adoção do Atestmed, um sistema que facilita a concessão de auxílio-doença por meio da análise documental médica, eliminando a necessidade de perícia presencial. Essa previsão faz parte do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que deve ser encaminhado ao Congresso até o dia 31 de agosto. A economia é atribuída à redução no tempo de espera para a concessão do benefício, o que diminui os custos com pagamentos retroativos e correção monetária.
O Atestmed tem sido uma estratégia do governo desde 2024 para controlar as despesas com benefícios previdenciários, que representam uma pressão significativa no Orçamento. Embora a expectativa inicial fosse economizar R$ 5,6 bilhões no primeiro ano, a economia real foi de R$ 3,6 bilhões devido a atrasos na implementação e greves no INSS. Para os próximos anos, as projeções indicam economias crescentes, com R$ 2,764 bilhões em 2027 e R$ 3,138 bilhões em 2029.
Entretanto, o governo já enfrentou desafios na implementação do Atestmed, como a redução do prazo máximo para concessão dos benefícios. A expectativa de economia para 2025 foi ajustada após mudanças nas diretrizes do sistema. Esses fatores levantam questões sobre a viabilidade e a eficácia do Atestmed como solução para as despesas previdenciárias, destacando a necessidade de monitoramento contínuo dos resultados.