Na última sexta-feira (15), Hytalo Santos, um influenciador digital, e seu marido, Israel Natan Vicente, foram detidos em João Pessoa, Paraíba, sob acusações graves de aliciamento, tráfico de pessoas e exploração sexual infantil. Entre as vítimas está uma adolescente conhecida como Kamylinha, que engravidou aos 17 anos após ser acolhida pelo casal aos 12, tornando-se uma figura central em vídeos de entretenimento produzidos por eles.
As investigações, conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba e pelo Ministério Público do Trabalho, revelaram um ambiente abusivo onde os jovens eram mantidos sob vigilância constante e tinham acesso restrito a celulares. Relatos de ex-funcionários indicam que os adolescentes eram forçados a trabalhar em condições que se assemelhavam a trabalho forçado, com festas regadas a álcool e jornadas intensas de gravação, enquanto seus pais recebiam valores mensais para permitir a participação dos filhos nas atividades do grupo.
O caso ganhou repercussão nacional, levando plataformas digitais como TikTok, YouTube e Instagram a bloquear a monetização dos perfis de Hytalo. No entanto, a permanência desses canais ativos por tanto tempo levanta questionamentos sobre a responsabilidade das redes sociais na proteção de menores. A situação de Kamylinha também se complicou após seu perfil no Instagram ser bloqueado por promover casas de apostas, uma prática proibida para menores de idade.