O núcleo da inflação no Japão apresentou uma desaceleração em julho, com um aumento de 3,1% em relação ao ano anterior, conforme dados divulgados nesta sexta-feira. O índice de preços ao consumidor, que exclui alimentos frescos, permanece acima da meta de 2% estabelecida pelo Banco do Japão, mantendo as expectativas de um possível aumento nas taxas de juros nos próximos meses. A desaceleração é atribuída principalmente ao efeito de base dos preços de energia e à moderação nos aumentos do preço do arroz.
Kazutaka Maeda, economista do Instituto de Pesquisa Meiji Yasuda, destacou que a inflação está claramente diminuindo desde maio, quando atingiu 3,7%. Ele prevê que essa tendência deve continuar ao longo do ano, especialmente com a retomada dos subsídios à energia. No entanto, a inflação elevada ainda sustenta o argumento para um aumento nas taxas de juros, que pode ocorrer já em outubro, refletindo as preocupações persistentes sobre a estabilidade econômica do país.