A indústria farmacêutica brasileira encerrou o primeiro semestre de 2025 em franca expansão, alcançando um faturamento de R$ 138,3 bilhões, o que representa um crescimento de 11,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram comercializadas mais de 5,7 bilhões de embalagens de medicamentos, com destaque para os genéricos e similares, que juntos somaram mais de 4 bilhões de unidades vendidas. O avanço foi impulsionado por reajustes autorizados e pela forte demanda do Sistema Único de Saúde (SUS), que responde por 74% das compras.
De acordo com a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais, a produção local se consolidou como um pilar do setor, com sete em cada dez embalagens vendidas sendo fabricadas no Brasil. O mercado nacional cresceu 180% nos últimos 25 anos e deve continuar a se expandir com a expiração de patentes até 2030, permitindo a entrada de novos genéricos. A digitalização do varejo farmacêutico também se destaca, com vendas online crescendo 38% em relação ao semestre anterior, o que impõe desafios às farmácias independentes.
O cenário atual revela um setor fortalecido pela produção nacional e pela rápida migração ao digital. No entanto, o desafio será equilibrar o acesso a medicamentos acessíveis com a necessidade de inovação tecnológica. Especialistas alertam que garantir preços baixos sem comprometer investimentos em pesquisa será crucial para a sustentabilidade da indústria farmacêutica brasileira na próxima década.