A Indonésia pediu à União Europeia, nesta segunda-feira (25), que elimine imediatamente as tarifas compensatórias sobre as importações de biodiesel. A solicitação surge após a Organização Mundial do Comércio (OMC) apoiar várias reivindicações indonésias em uma queixa contra as tarifas, que variam de 8% a 18%. O ministro do Comércio, Budi Santoso, afirmou que essas tarifas violam as regras do órgão comercial e não estão em conformidade com as diretrizes da OMC.
Desde 2019, a UE impôs essas tarifas, alegando que os produtores indonésios se beneficiam de subsídios e acesso a matérias-primas a preços abaixo do mercado. A Associação de Óleo de Palma da Indonésia (GAPKI) acolheu a decisão da OMC e pediu à Comissão Europeia que evite discriminações futuras contra o óleo de palma indonésio. As exportações indonésias de biodiesel caíram significativamente nos últimos anos, e o governo espera que um futuro acordo de livre comércio melhore o acesso ao mercado europeu.
As implicações dessa disputa tarifária são significativas, pois refletem tensões comerciais entre a Indonésia e a UE, especialmente em relação ao desmatamento associado à produção de óleo de palma. Um funcionário da Associação de Produtores de Biocombustíveis da Indonésia expressou ceticismo quanto à possibilidade de a UE atender ao pedido, citando experiências anteriores. A resolução desse impasse poderá impactar não apenas o comércio bilateral, mas também as políticas ambientais e comerciais globais.