O governo da Índia anunciou, em 20 de agosto de 2025, o teste bem-sucedido do míssil balístico Agni-5, que possui alcance suficiente para atingir a China. O lançamento ocorreu no estado de Odisha, e as autoridades indianas afirmaram que o míssil “validou todos os parâmetros operacionais e técnicos”. Este desenvolvimento ocorre em um momento de crescente tensão entre as duas nações, que competem por influência no sul da Ásia, especialmente após um confronto mortal na fronteira em 2020.
Além de sua capacidade de atingir alvos na China, o Agni-5 também integra a estratégia de defesa da Índia contra o Paquistão, que possui armas nucleares e é um rival histórico. A relação entre Índia e Paquistão se deteriorou recentemente após um ataque na Caxemira, atribuído por Nova Déli a militantes apoiados por Islamabad. A situação geopolítica é ainda mais complexa com a aliança da Índia na Quad, que inclui Estados Unidos, Austrália e Japão, formando um contraponto à crescente influência da China na região.
As implicações desse teste são significativas, pois refletem não apenas a capacidade militar da Índia, mas também suas intenções estratégicas em um cenário global marcado por tensões comerciais e políticas. A reaproximação entre Índia e China, simbolizada pelo encontro entre Narendra Modi e Xi Jinping em uma cúpula na Rússia, contrasta com os desafios nas relações com os Estados Unidos, que exigem mudanças nas importações de petróleo russo. O futuro das relações entre essas potências asiáticas e ocidentais continua incerto.