Incêndios florestais devastaram mais de 1 milhão de hectares na União Europeia até 26 de agosto de 2025, marcando o maior número desde que os registros começaram em 2006. De acordo com dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), a área queimada é superior à do Chipre e ultrapassa o total registrado em qualquer ano anterior. A Espanha e Portugal foram os países mais afetados, com a Espanha contabilizando a terceira morte relacionada aos incêndios e respondendo por uma significativa parte da devastação.
O aumento acentuado nos incêndios ocorreu entre 5 e 19 de agosto, coincidente com uma onda de calor que durou 16 dias na Península Ibérica. Embora as temperaturas mais baixas tenham trazido algum alívio em Portugal, onde um incêndio em Piódão foi extinto após 12 dias, ainda há dez incêndios ativos na região de Castela e Leão, na Espanha. A mudança climática está tornando esses eventos mais frequentes e severos, apesar das medidas de prevenção implementadas.
Até o momento, os incêndios florestais na UE emitiram 38 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 2025, superando os níveis do mesmo período em anos anteriores. Este cenário alarmante coloca a União Europeia no caminho para quebrar o recorde anual de emissões, que foi de 41 milhões de toneladas. A situação exige atenção urgente das autoridades e reforça a necessidade de estratégias eficazes para mitigar os impactos das mudanças climáticas.