Incêndios de grandes proporções afetaram mais de 120 hectares nas regiões ao redor da Serra do Cipó, em Minas Gerais, entre o último sábado (2) e a madrugada de quarta-feira (6). A Brigada Voluntária Cipó e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais foram mobilizados para combater as chamas, que se concentraram em áreas de campo rupestre e nascentes, próximas ao Parque Nacional da Serra do Cipó e ao Parque Estadual da Serra do Intendente.
A principal suspeita para a causa dos incêndios é a ação humana, relacionada à prática ilegal de queima para formação de pastagem. O Corpo de Bombeiros atuou em dois focos de incêndio entre segunda (4) e terça-feira (5), conseguindo controlá-los na mesma noite. As equipes permaneceram na área para monitoramento com drones, e o incêndio foi considerado extinto na tarde de terça-feira (5).
A área queimada foi estimada em 121 hectares, sendo 106,5 hectares na zona de amortecimento e 14,5 hectares dentro do parque. Nos últimos cinco dias, 28 brigadistas da Brigada Voluntária Cipó participaram das operações de combate às chamas. As regiões afetadas incluem locais estratégicos, como o Pico do Breu e a travessia Lapinha-Tabuleiro, que são importantes por abrigarem nascentes e ecossistemas relevantes.
Agosto é considerado o mês mais crítico para incêndios na região devido à seca e ao aumento dos ventos. O município de Santana do Riacho, onde está localizado o Parque Nacional da Serra do Cipó, mantém um decreto que proíbe queimadas entre junho e novembro desde o ano passado.