Na manhã desta sexta-feira, 1º de setembro, foi inaugurada a Biblioteca Wilma Lancellotti em São Paulo, um espaço comunitário dedicado à população em situação de rua. A iniciativa, idealizada pelo padre Júlio Lancellotti, visa promover o acesso à leitura, à informação e à cidadania, e está localizada no Centro Santa Dulce dos Pobres, na Mooca, zona leste da capital.
A biblioteca, que homenageia Wilma Lancellotti, mãe do sacerdote falecida em 2010, conta com um acervo de oito mil livros, sendo quatro mil em reserva técnica, todos catalogados por seis bibliotecárias voluntárias. O sistema utilizado para a organização do acervo é o mesmo da Biblioteca Nacional, o Sophia Biblioteca.
Além do acesso gratuito aos livros, o espaço oferecerá computadores, apoio para a emissão de documentos e assistência na busca por emprego. A historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, membro da Academia Brasileira de Letras, será a madrinha da biblioteca, destacando a importância da literatura como um direito universal.
A inauguração da biblioteca é vista como uma ação fundamental para transformar vidas, conforme ressaltou Luciene Muller, escritora e ex-moradora de rua, que destacou o papel das bibliotecas na promoção da inclusão social e no empoderamento de indivíduos em situação de vulnerabilidade.