A inadimplência das famílias na capital paulista alcançou 22,1% em julho de 2025, o maior índice desde abril do ano anterior, conforme levantamento da FecomercioSP divulgado nesta terça-feira (5). O aumento de 0,5 ponto percentual em relação a junho deste ano e de 2,2 pontos em comparação ao mesmo mês de 2024 representa que aproximadamente 905,7 mil lares estão com contas em atraso.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) revelou que a inadimplência cresceu em todos os segmentos econômicos. Para famílias com renda de até 10 salários mínimos, o índice subiu de 26,1% para 26,5%, enquanto entre aquelas com rendimentos superiores, o aumento foi de 10,5% para 11,3%. Além disso, 9,1% dos lares não conseguirão quitar suas dívidas, um aumento em relação aos 9% de junho e 8,2% de julho de 2024.
O endividamento, por outro lado, recuou de 71,4% para 70,9%, interrompendo uma sequência de altas. O cartão de crédito continua sendo a principal causa de endividamento, presente em 80% dos lares, seguido por financiamentos imobiliários. O comprometimento da renda com dívidas caiu para 27%, o menor nível desde fevereiro, e a intenção de contrair crédito diminuiu de 13,6% em junho para 12,7% em julho.
A FecomercioSP observa que, apesar do aumento da inadimplência, as condições de renda estão melhorando gradualmente, com atrasos concentrados no curto prazo e um baixo comprometimento da renda. O mercado de trabalho aquecido e a inflação controlada podem ajudar a mitigar a deterioração do cenário financeiro das famílias.