Estudos recentes revelam que cães e gatos, além de proporcionarem benefícios à saúde física e mental de seus donos, também geram um impacto ambiental significativo. De acordo com o geógrafo Gregory Okin, da UCLA, os 163 milhões de cães e gatos nos Estados Unidos consomem um quarto das calorias de origem animal do país, o que os colocaria em quinto lugar no ranking global de consumo de carne, caso fossem um país independente.
A pesquisa de Okin também aponta que a ração para animais de estimação é responsável por cerca de 25% das emissões de combustíveis fósseis relacionadas à agricultura nos EUA. Globalmente, a ração seca para pets contribui com até 2,9% das emissões de dióxido de carbono da agricultura. Especialistas, como o veterinário Dr. John Harvey, alertam que a alimentação de animais com carne de qualidade humana tem um impacto ambiental ainda maior do que o de muitos humanos.
Para mitigar esses efeitos, Okin sugere a escolha de rações que atendam às necessidades nutricionais dos pets, mas que contenham menos proteína de origem animal. Além disso, a gestão dos dejetos dos animais é crucial, já que os altos níveis de nitrogênio e fósforo presentes nas fezes podem contaminar o solo e a água, contribuindo para a perda de biodiversidade em áreas naturais. A conscientização dos donos sobre a limpeza adequada das fezes é uma medida que pode ajudar a reduzir esses impactos negativos.