Kilmar Abrego García, um imigrante cuja deportação indevida para El Salvador o transformou em símbolo da draconiana política de deportações do presidente Donald Trump, foi intimado a comparecer perante autoridades federais em Baltimore nesta segunda-feira, 25. Abrego, de 30 anos, entrou ilegalmente nos Estados Unidos em 2012 e, após ser preso em 2019, obteve uma ordem judicial que impedia sua deportação devido ao risco de perseguição por gangues em seu país natal. No entanto, ele foi deportado em março deste ano, mas retornou aos EUA em junho após a confirmação de que sua expulsão foi um erro administrativo.
Desde sua volta, Abrego ficou detido no Tennessee até ser liberado na última sexta-feira, 22. Contudo, ele agora enfrenta novas acusações que podem resultar em sua deportação para Uganda, um país considerado mais perigoso. Seus advogados argumentam que as evidências contra ele são infundadas e que as acusações são uma retaliação política por parte do governo americano. A juíza Paula Xinis, que supervisiona o caso, questionou a validade das provas apresentadas contra Abrego, que incluem apenas alegações vagas e não corroboradas.
A situação de Kilmar Abrego García destaca as controvérsias em torno das políticas de imigração dos EUA e a forma como as autoridades tratam os imigrantes. Enquanto isso, ativistas realizam vigílias em apoio a Abrego, clamando por justiça e denunciando o que consideram uma perseguição injusta. O desdobramento desse caso poderá influenciar futuras decisões sobre imigração e deportação nos Estados Unidos.